domingo, 13 de dezembro de 2009
Índia testa com sucesso novo míssil nuclear
"Foi um lançamento de manual e uma missão fantasticamente cumprida", disse um funcionário do Ministério da Defesa.Todas as operações para o lançamento do míssil, que pode transportar explosivos convencionais e ogivas nucleares de até 500 quilos, foram realizadas por membros da Marinha indiana.O diretor-geral da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento em Defesa, V.K. Saraswat, estava a bordo do navio do qual o Dhanush foi lançado.
O novo míssil, que pode atingir alvos na terra e no mar, é a versão naval do míssil de terra Prithvi, que faz parte do programa de desenvolvimento de foguetes guiados lançado pelas autoridades indianas há 20 anos.O primeiro teste do míssil, realizado em abril de 2000, fracassou devido a problemas técnicos.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Nesse ponto, Lula tem razão: potências atômicas que dêem o exemplo (Pedro Porfírio)
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Lula volta a apoiar programa nuclear do Irã
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear. A declaração foi feita nesta quinta-feira (3) ao lado da chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, que o recebeu em Berlim. A chefe de governo alemã disse estar a ponto de "perder a paciência" com os iranianos, numa clara divergência em relação ao chefe de Estado brasileiro.
Durante a entrevista coletiva, Lula disse que o mundo precisa "ter paciência" com o Ira:
- O que a gente espera é que aconteça o melhor, que não tenha arma nuclear no Irã, que não tenha arma nuclear em nenhum país do mundo. Que Estados Unidos desativem as suas, e a Rússia desative as suas. Porque autoridade moral para gente pedir pros outros não terem é a gente também não ter.
- É importante que os que têm comecem a desmontar seus arsenais, para que a gente tenha mais argumentos.
Lula discorda de Merkel
Antes de Lula dar apoio ao Irã, Merkel havia lamentado a má-vontade dos iranianos em fechar um acordo com as potências ocidentais que previa a terceirização do urânio do país, o que o Irã rejeitou. A chanceler alemã falou em "perder a paciência".
Confira também
* Lula defende direito do Irã a programa nuclear
* Obama pede ajuda a Lula sobre Irã
* ONU condena programa do Irã
Em seguida, Lula criticou o tratamento do mundo em relação aos iranianos:
- O melhor e mais barato é acreditarmos nas negociações e termos muita paciência.
- Eu penso que tratar o Irã como se fosse um país insignificante, aumentado a cada dia a pressão, poderá não resultar em uma coisa boa. Precisamos aumentar o grau de paciência para aumentar o grau de conversação com o Irã.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Energia: «Nuclear deve estar em qualquer discussão»
Sampaio Nunes defende que «as renováveis não servem para resolver os problemas energéticos»
Por: Redacção /AB | 11-11-2009 18: 11
No VIII Fórum Energia, Pedro Sampaio Nunes, um dos maiores promotores da energia nuclear em Portugal, defendeu que o tema deve constar de qualquer discussão sobre «Segurança e Independência Energéticas».
Sampaio Nunes afirmou que «Portugal já perdeu cinco anos que deveriam ter sido usados para pensar o caminho do nuclear» e considerou que «as estatísticas das renováveis estão completamente falseadas», noticia a Lusa, esta quarta-feira.
«As renováveis não servem para resolver os problemas energéticos» do país e deu mesmo o exemplo da Dinamarca, disse o promotor.
«A Dinamarca já limitou a sua percentagem de renováveis a 15 por cento e Portugal está a pensar em 60 por cento [da energia consumida em 2020] a partir de renováveis? Isto é demente», sublinhou, no Fórum organizado pelo Diário Económico.
Em resposta a Sampaio Nunes, José Manuel Perdigoto afirmou que «o nuclear não é claramente uma solução no horizonte 2020/2025», uma vez que até lá «não há tempo para tomar uma decisão». «São precisos pelo menos 15 anos [para equacionar essa possibilidade]», afirmou.
Já Vítor Baptista, da REN, disse que do ponto de vista de quem gere a rede «um electrão produzido a partir do carvão, das hídricas ou do nuclear é à mesma um electrão». «Para nós é igual», frisou, referindo ainda que «o nuclear não é melhor que o carvão ou o ciclo combinado para resolver os problemas de desequilíbrio no sistema».
Sampaio Nunes explicou também que «o electrão produzido através de energia nuclear é igual em tudo menos no preço: é muito mais barato». «O nosso problema é não pensarmos nestas coisas economicamente», salientou.
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domingo, 19 de abril de 2009
Governo Lula retoma usina nuclear Angra 3 mais cara e sem nova licitação
Hoje na Folha O governo decidiu retomar nos próximos dias as obras de Angra 3, a terceira usina do programa nuclear brasileiro, paradas há 23 anos. Para isso, revalidou a concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez em 1983, no governo de João Baptista Figueiredo (1979-1985), relatam Marcio Aith e Flávio Ferreira em matéria publicada na Folha (a reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).
A construção fora suspensa em 1986 por falta de recursos públicos e dúvidas sobre os riscos. Hoje, porém, a obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Estima-se que seu custo tenha saltado de US$ 1,8 bilhão para cerca de US$ 3,3 bilhões. Segundo a Eletronuclear, estatal subsidiária da Eletrobrás, responsável por operar e construir as usinas termonucleares no país, a alta se deve à variação cambial.
Parada, Angra 3 custava US$ 20 milhões por ano, pagos pelo governo para que se preservasse o canteiro de obras. Especialistas questionam o "descongelamento" da licitação e veem necessidade de nova concorrência.
Em setembro do ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou sobrepreço no contrato para a retomada na construção de Angra 3, mas permitiu que a obra continuasse.
Outro lado
Em entrevista à Folha, o engenheiro Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente da Eletronuclear, o governo brasileiro tem a obrigação legal de cumprir todos os acordos fechados para construir Angra 3, ainda que eles tenham sido assinados 26 anos atrás e estejam paralisados há décadas. Já a Andrade Gutierrez, que está entre os maiores doadores do PT, nega favorecimento.
Financiamento
No final de março, a Eletrobrás deu entrada no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com o pedido de financiamento para a construção de Angra 3.
Dos R$ 7,5 bilhões orçados para a construção da unidade, a Eletrobrás pretende conseguir R$ 4,5 bilhões junto ao banco de fomento. Para ser concretizada, a operação terá que passar pelo crivo do CMN (Conselho Monetário Nacional). O órgão tem autoridade para permitir que o nível de endividamento da estatal seja ampliado, possibilitando a obtenção do financiamento.
A expectativa da Eletrobrás é que todo o processo junto ao BNDES seja finalizado ainda em 2009. A obra será iniciada antes, a previsão é que as primeiras máquinas comecem a trabalhar em abril, assim que o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovar o orçamento do projeto.
O restante do dinheiro necessário para a construção de Angra 3 será oriundo do caixa da Eletrobrás e dos financiamentos de compras de equipamentos à parte, feitos com outras instituições financeiras.