Lula fala ao lado de Merkel em Berlim; presidente brasileiro discordou da posição da chanceler alemã a respeito da questão nuclear do Irã
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear. A declaração foi feita nesta quinta-feira (3) ao lado da chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, que o recebeu em Berlim. A chefe de governo alemã disse estar a ponto de "perder a paciência" com os iranianos, numa clara divergência em relação ao chefe de Estado brasileiro.
Durante a entrevista coletiva, Lula disse que o mundo precisa "ter paciência" com o Ira:
- O que a gente espera é que aconteça o melhor, que não tenha arma nuclear no Irã, que não tenha arma nuclear em nenhum país do mundo. Que Estados Unidos desativem as suas, e a Rússia desative as suas. Porque autoridade moral para gente pedir pros outros não terem é a gente também não ter.
- É importante que os que têm comecem a desmontar seus arsenais, para que a gente tenha mais argumentos.
Lula discorda de Merkel
Antes de Lula dar apoio ao Irã, Merkel havia lamentado a má-vontade dos iranianos em fechar um acordo com as potências ocidentais que previa a terceirização do urânio do país, o que o Irã rejeitou. A chanceler alemã falou em "perder a paciência".
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Em seguida, Lula criticou o tratamento do mundo em relação aos iranianos:
- O melhor e mais barato é acreditarmos nas negociações e termos muita paciência.
- Eu penso que tratar o Irã como se fosse um país insignificante, aumentado a cada dia a pressão, poderá não resultar em uma coisa boa. Precisamos aumentar o grau de paciência para aumentar o grau de conversação com o Irã.
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