sábado, 12 de março de 2011

Japão: explosão em central nuclear

Televisão local mostra imagens de nuvem de fumo branco

Por: Redacção / CP  |  12- 3- 2011  9: 42
ACTUALIZADA ÀS 10h35

Uma forte explosão foi ouvida este sábado perto do reactor número um da central nuclear de Fukushima (norte de Tóquio), onde o nível de radioactividade aumentou de forma alarmante na sequência do forte sismo de 8,9 que sacudiu na sexta-feira o Japão.

O porta-voz do governo japonês confirmou a explosão e uma fuga de radiação. «Estamos a investigar as causas e vamos tornar o assunto público quando tivermos mais informações», disse Yukio Edano, citado pela Reuters.

Segundo a televisão local NHK, que cita a Agência de Segurança Nuclear do Japão, a explosão ocorreu às 16h00 locais (7h00 em Lisboa) e há pelo menos 20 empregados da central que estão feridos.

A televisão nipónica está a mostrar imagens de uma nuvem de fumo branco por cima da central nuclear e anunciou que o nível de radioactividade estava 20 vezes superior ao normal.

A pressão dentro no reactor número um da central nuclear de Fukushima-Daiichi começou a aumentar depois do sistema de arrefecimento da central ter sido danificado.

Esta situação levou as autoridades a retirarem inicialmente de suas casas os habitantes num raio de três quilómetros ao redor da central, mas este perímetro foi alargado para dez.

Número de mortos não pára de aumentar

O potente sismo seguido de tsunami que devastou o nordeste do Japão causou mais de mil mortos e desaparecidos, segundo um balanço actualizado pela polícia, citado pela AFP.

No entanto, os media locais, citados pela Reuters, apontam mesmo para um número superior a 1300 mortos.

Mais de 215 mil pessoas encontram-se refugiadas em abrigos no norte e leste do Japão.

Este número inclui mais de 100 mil pessoas deslocadas na prefeitura de Fukushima, das quais 45 mil habitavam num raio de 10 quilómetros em torno de duas centrais nucleares, que as autoridades mandaram evacuar.

O número total de deslocados pode ser muito superior, uma vez que a polícia ainda não recebeu o balanço relativo a evacuações na prefeitura de Miyagi, uma das zonas que sofreu maiores danos humanos e materiais.

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